Doença do colo corticoso
Lesões corticosas (colo corticoso) na base da haste do tabaco são observadas ocasionalmente em culturas de tabaco. Este fenômeno é bastante raro e pouco conhecido. Esses sintomas e sua evolução lembram os já descritos em outras solanáceas, como pimentão (necrose basal em capsicum) e tomate (colo corticoso do tomate). O seguinte foi observado:
- Uma leve clorose e murchamento das plantas durante os períodos mais quentes do dia, uma desaceleração no crescimento;
- Suberização e podridão do colo (cujo diâmetro é por vezes mais importante) e raiz principal (raiz primária) que têm rajados mais ou menos importantes (figuras 1-3). Estes são em parte devido à perda de elasticidade do córtex, que após suberização, parece ter problemas para crescer junto com o caule. Às vezes, eles permitem que os microrganismos secundários proliferem e causem o escurecimento de tecidos profundos e dos vasos mais superficiais;
- O colo enfraquece e se torna muito mais frágil, resultando em queda de plantas
Tal como acontece com outras solanáceas, a origem desta doença não parece ser, em todos os casos, parasitária. Ela poderia estar relacionada a uma micro-asfixia ocorrida logo após o plantio. Sua expressão é reforçada pela utilização de práticas agrícolas que causem o acúmulo de água. A micro-asfixia repetida provoca alterações superficiais e pode induzir a formação de tecidos de cicatrização corticosos nas partes submersas das plantas. A salinidade excessiva pode aumentar a ocorrência desta doença não parasitária.